domingo, 10 de maio de 2009

Palavras do velho louco num devaneio matinal em lá menor e café preto com cigarro



Consumindo os dejetos televisivos. Delirando de prazer e de dor de barriga. Inalando o aroma cálido do suco de humanidade que derrama dos caminhões de lixo. Devorando carnudos absorventes recheados de sumo de desgraça. Estudando formas eficientes de analisar métodos. Desfigurando figuras demonstrativas de estilos e cores. Apertando intrépidos caroços subcutâneos. Verrugas mil. Desovando cadáveres e apalpando róseas genitálias de jegas anciãs. Este mundo está do avesso ou é feio assim mesmo? Partindo do princípio de que estamos todos mortos, de que valeria espreitar futuro que valha uma cadência esferográfica de ondas de energia negativa de elétrons?

Abra a gaveta. Tire de dentro dela o que estava guardado. Derrame-se no chão aos berros de “cacete, cadê o meu pedaço de fertilidade imaginária?”. Depois, logo em seguida, por via das dúvidas, espere eternamente que lhe caiam as bolas do saco. Para saber se valeu a pena impregnar o mundo de seu fedor inigualável. Aí você me pergunta se a questão levantada estabelece um link perceptível com a realidade virtual das malditas redes sociais de apoio aos anãos que sofrem de claustrofobia galopante. Morangoroska com patê de fuá grá de fígado de ganso depenado e frito com cereja e sal grosso na panela de ferro e fogo. Morte!

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