terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Imun Disse dos shows de Salvador



É...
Não tem jeito. Parece que nós, que moramos em Salvador, estamos realmente condenados a passar a eternidade sem grandes shows internacionais de rock. É sacanagem! Eu tava em outra cidade outro dia. Coisa linda. A TV, a rádio, outdoors e as paredes da cidade anunciando o show do Metallica.

Lembrei-me de Salvador que, quase no mesmo período, recebeu o Festival de Verão, com atrações “inéditas”, tais como: Banda Eva, Chiclete com Banana, Cláudia Leite, Ivete Sangalo...e por aí vai...só novidade. As atrações de “rock” foram NX Zero (Emo não é rock!), Charlie Brown Jr. (chato...muitíssimo chato!) e Paralamas do Sucesso (respeito...só isso).

Como vemos, pouquíssimos e mal escolhidos artistas do gênero. E nada de novidade. Nada de show internacional que agradasse aos fãs de rock. A atração internacional da vez foi Akon. Recuso-me a comentar.

Sei que é questão de gosto. E este texto é uma expressão do meu gosto musical, tão somente. Nada mais do que uma opinião. Repare: eu não estou pleiteando um FESTIVAL de rock internacional. Mas será que seria pedir muito poder curtir UM show grande POR ANO?


Tem gente que acha que o rock não tem público em Salvador e que, por este motivo, as produtoras não contratam os shows. Mas a lógica é outra. Um show de grandes proporções como o do Metallica, por exemplo, traz consigo uma platéia fiel. Fãs de estados vizinhos lotam hotéis de todos os níveis. Há uma grande circulação de dinheiro trazido de fora. A cidade respira o tal evento. Foi assim no show do Iron Maiden em Recife. Eu quase não encontrei hotel. Tudo cheio. Alguém duvida que isso é rentável?

Certa vez argumentaram que as bandas “daqui” dão tanta grana quanto as atrações de fora. Mas a questão não é somente “dar grana” para os figurões do entretenimento. Há de se pensar também na variedade cultural. Na expansão de horizonte artístico. O que parece haver é uma certa acomodação em deixar tudo como está. Todo mundo dança e a festa “dá grana”...pronto...temos cultura. Mas cultura de que? Qual é a substância disso a não ser o dinheiro?

O resultado disso é um público cada vez menos exigente, aceitando qualquer coisa que se jogue em cima de qualquer palco (sem referência ao Festival de Verão, que é sim um grande festival, apesar de tudo...). Proponho uma experiência: que tal pelo menos TENTAR trazer um grande (GRANDE!!!) nome do rock? Se der errado faz um show de axé/pagode/emo/sertanejo/funk na semana seguinte que todo mundo esquece.

3 comentários:

  1. Concordo...
    E o palco do rock...?
    Comenta ae!
    Abção!

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  2. O nome p td isso é capitalismo! A equação é simples, percentual de lucros x tempo de trabalho. Um show diferente dos show de axé em ssa com a estrutura de ssa requer mt trabalho, q por fim reduz os lucros. N é possível ganhar na qt...pois o tempo p trazer e promover tais atrações faz essa equação parecer aburda p os grandes grupos. Promover o axé sai mais barato e mais rápido. Trata-se da produção "fabril" na indústria cultural.

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  3. Porra de grande show em SSA! Quando Dinosaur Junior trouxe seu desespero guitarrístico por 15 REAIS ninguém quis ver! Essa cidade deve trabalhar para os paulistas comerem as mulatas no verão! É sua destinação!

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