Vizinhos podem se transformar em um grande problema. A convivência nem sempre é fácil. E isso deve se dar, desconfio, pela noção de respeito ao espaço alheio. A noção de respeito varia conforme a criação, a educação, a ética e as intenções de cada um. E estas questões são sempre complexas. Todo mundo pensa que é bem criado, bem educado, ético e bem intencionado.

Não sei se isso é um ditado. Certa vez ouvi alguém dizer que vizinho é pior do que parente. Porque parente você manda embora. Vizinho sempre estará ali ao lado. E o gosto musical do seu vizinho bem pode ser o exato contrário do seu. A potência do aparelho dele pode jogar um pagodão ou um arrocha bem no meio do seu dia. Sem dó. Sem esboço de peso na consciência por estar estragando a paz de alguém.

Há os que tocam instrumentos musicais e contam sempre com espectadores involuntários, inclusive você. Há ainda as “modelos”, que desfilam de salto dentro de casa (por mais que isso pareça imbecil), fazendo aquele barulhinho “ótimo” na sua cabeça o dia inteiro. Cachorro latindo, criança gritando e correndo, essas coisinhas que vão amortizando a paciência e nutrindo vagarosamente um ódio cotidiano.

Fazer o que? Lidar com vizinhos filhos da puta é uma situação cabeluda. Requer exercícios de política. Testes diários dos limites da calma. Mas nem sempre é possível. Chega a hora em que esta convivência torna-se praticamente impossível e aí é certeza de provocações e brigas.

Não entendo de legislação de condomínio. Escrevi por experiência própria. Tenho vizinhos que não respeitam o sossego e as regras da boa convivência. É claro que eu também devo incomodar alguém. Mas vou me abster de comentar, já que o alvo deste texto é outro. Quem se sentir incomodado com meu papel de vizinho, que escreva outro texto. A democracia garante este direito.

Para quem quer se interar mais sobre o assunto, fica o link:

http://www.folhadosindico.com.br/fsnv/index.php