quinta-feira, 10 de março de 2011

Carnaval de Imun



Ressaca e cansaço. A cidade ainda caminha devagar, com cara de sono. Acabou o carnaval, até que enfim. Ainda leva uns três, quatro dias para tudo sair dos eixos de euforia e insanidade e entrar nos trilhos utilitários e cinzas do cotidiano de trabalho.

O meu carnaval foi longe de pagodagens e pancadarias dos circuitos mais famosos da festa. Fui, como de costume, ao Palco do Rock – festival de rock n´ roll que completou 17 edições em 2011. Lá, tive a oportunidade de conferir uma das apresentações mais carnavalescas e divertidas do período momesco: o show da Velhas Virgens.

As letras sexistas, recheadas de machismo exacerbado e palavrões assustam a quem não conhece a banda. Mas para quem sabe o que esperar de um show da Velhas Virgens é pura curtição. Estas características aparecem muito mais com conotação folclórica e divertida do que com intenção de formar um discurso sério.

Em pleno dia da mulher, um show com Velhas Virgens...O que poderia ser mais irônico? Nada! Nem o vocalista Paulão questionando a tão propagada veia rocker do Asa de Águia (hilário). Nem a cara de incredulidade dos PMs que, boquiabertos, assistiram a uma bombástica Juliana Kosso, deliciosa vocalista que embriagou o público com sua performance sacana, despudorada...perfeita.A Velhas Virgens arrebentou! Rock n´ roll sem frescura e sem papas na língua.

O Palco do Rock, aos 17 anos, foi muito bom! Parabéns aos organizadores e às bandas que fizeram o carnaval de quem não gosta de apanhar e ser roubado, ao som de música ruim, no meio de um mar de mijo no Campo Grande ou Barra-Ondina. Valeu!!!

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